29/04/14
14/04/14
Sementes de Abril
Quando
nasceste
Trazias
em ti a semente da liberdade
Liberdade
de dizer
Liberdade
de fazer
Liberdade
de descobrir
Caminhos
há muito fechados.
O solo estava fértil, sequioso, ávido
O solo estava fértil, sequioso, ávido
Para
te acolher
E
tu germinaste
Abriste-te
em flor
E
foste
Música
há muito calada
E
foste obra
Há
muito censurada
E
foste criança
Estendendo
braços
Há
muito dobrados
E
foste rio, mar
De
gente
Que
em praças, largos
Ruas,
avenidas
se
manifestava
e
foste pão, paz, escolas, estradas
abertas,
escancaradas à evolução.
E
foste tanto,
E
deste tanto
E
fizeste tanto
Homem
Grande
E
inimigos também
Estes,
de morte,
Que
por todos os meios
Te
procuram calar
Silenciar
Abafar
Atrofiar
Aniquilar
Atolar
Sufocar
Pouco,
a pouco
Lentamente
Para
que te não possas defender
E
agora,
Jovem
adulto
Te
vemos aos poucos morrer
Sem
que àqueles que te deram vida
Seja
possível falar
Na
casa a que chamam da democracia,
Que
ajudaste a criar.
que as sementes que geraste
que as sementes que geraste
Voltem
a germinar
E
corram para bem longe
Com
aqueles que te querem
De
vez, matar!
04/04/14
:)
Boa tarde cordeirinho
disse, em hora de descansar
dormindo a sesta
protegido pelo belo pomar.
- quem és tu, perguntou ele, que me vens desassossegar?
- Apenas uma amiga,
que te quer fotografar.
olhou para mim, com tão terno olhar
que não resisti
e o trouxe
para vos mostrar.
disse, em hora de descansar
dormindo a sesta
protegido pelo belo pomar.
- quem és tu, perguntou ele, que me vens desassossegar?
- Apenas uma amiga,
que te quer fotografar.
olhou para mim, com tão terno olhar
que não resisti
e o trouxe
para vos mostrar.
Subscrever:
Mensagens (Atom)